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Finalmente, a chegada do Século 21!

  • Foto do escritor: Mauro Sarmento
    Mauro Sarmento
  • 18 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de mai. de 2022

Segundo o biólogo Átila Lamarino, o mundo não será como antes!


O mundo mudou radicalmente, e o mundo que conhecíamos (antes do Covid-19) não existe mais. Muitos aspectos da vida vão mudar radicalmente daqui para frente, e alguém que tenta pensar na vida como antes de 2020 e manter as coisas como eram, vai ser como um peixe fora d'água.


Conforme Átila, "Mudanças que o mundo levaria décadas para promover, e que nós levaríamos muito tempo para assimilar e implementar voluntariamente, estamos tendo que implementar com rapidez, no susto, em questão de meses" , diz ele.


Esse fator coloca o foco de investimentos na viabilidade de ideias e startups que a pouco tempo seriam tomadas como utópicas para o momento. Como a inteligência artificial AI aplicada, as TICs, (tecnologia de informação e comunicação) utilizada amplamente não somente como meio midiático ordinário pra conectar pessoas cotidianamente, mas como ferramentas essenciais de conectividade para o ensino e para o trabalho.


A pandemia marca o fim do século 20

Nessa linha, havia uma visão entre especialistas de que faltava um marco simbólico para o fim do século 20, uma época altamente marcada pela tecnologia, uma época em que passamos do analógico ao digital e ao pós digital, a época em que eu e você acompanhamos diversas transformações, década a década. Eu, dês dos anos 60, que foi quando a teoria da exponencialidade de Moor foi proposta.


Segundo a historiadora e antropóloga Lilia Schwartcz, professora da Universidade de São Paulo e também Princenton, nos EUA, disse ela que o longo do século 19 só terminou com o advento da Primeira Guerra Mundial [1914-1918], que o evento foi usado como marcador de virada de tempo. Virou o século e tudo mudou. A experiência humana é que constrói o tempo. Existe sentido nisso. O século 19 terminou com mortes e luto, e ensinou muito sobre a capacidade destrutiva do ser humano. Muita coisa mudou com a força que aquele momento exerceu na vida das pessoas.


A atual pandemia tem tamanha força para marcar o fim do século 20, que foi o século da tecnologia. A humanidade aprendeu e colocou em prática um grande desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, e agora a pandemia mostra os limites marcos de mudança na vida e nos costumes, diz Lilia.


O Covid como acelerador de futuros

Muitos futuristas assumem que o Corona vírus funciona com um acelerador de futuros. A pandemia antecipa mudanças que já estavam em curso, como o trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade, e a cobrança por parte da sociedade de que que as empresas sejam mais responsáveis no que toca o social.


Outras mudanças que sem encontravam no imaginário de criativos e idealizadores, ou que estavam em estágio mais embrionário, e que talvez até não fossem tão perceptíveis ainda, agora ganham novo sentido diante da revisão de valores provocada pela crise de capacidade instalada das organizações sanitárias e de saúde em geral. Isso é sem precedentes em nossa geração. Principalmente especial pela reação em massa, conectada em rede mundial, que se levantou com a ameaça do vírus.


O exemplo disso é o notório enfoque no fortalecimento de valores como solidariedade, empatia, quebra de silos interdepartamentais, trabalho colaborativo. Uma consciência coletiva responsável lança a pergunta: O que é mais importante para todos? Um imenso senso de respeito à si próprio e ao espaço do próximo. Um senso de proximidade com o fator isolamento. E também nota-se o forte questionamento de modelos vigentes de gestão, de relações com o trabalho e subsistência, e sobre o próprio modelo da sociedade baseado em consumismo. O ser humano estava pautado na sociabilidade, nas relações e relacionamentos, que em certa medida ditavam uma cultura de massa. O afastamento e isolamento colocaram isso em questão.


Os desdobramentos a curto prazo

Os efeitos deste momento devem ser sentidos e absorvidos durante os próximos dois anos. Uma nova dimensão de cultura social deve ser amplamente desenvolvida e praticada. A cultura da inovação assimilada em diversas frentes, em diversos segmentos. Principalmente nos mais prementes, como no desenvolvimento humano, nas transformações de propósitos, na expressão vocacional das pessoas na vida e no trabalho, e nas diretrizes para a criação de aplicativos envolvendo novas tecnologias.


Fico feliz de ser testemunha viva desta época. Uma época de imensas oportunidades, aprendizados e acessibilidade de novas tecnologias. O ser humano demonstra que não será apocalíptico e que uma ameaça a nossa espécie de forma tão abrangente é motivo de união, respeito de diferenças e tolerância. Mais consciência, mais criatividade, mais respeito e liberdade, mais tecnologias acessíveis, mais qualidade de vida e esperança de dias mais justos para os cidadãos do mundo.




 
 
 

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